No passado dia 18 de Outubro e apesar do mau tempo, alguns elementos da Filarmónica
Varzeense, fizeram ainda a caminhada até à Candosa, dado que o precurso
previsto, foi cancelado. Em seguido realizou-se o almoço em que conviveram
todos com muita animação. A todos o nosso muito obrigado pela colaboração!
sexta-feira, 27 de novembro de 2015
Filarmónica Varzeense em Oroso - Espanha
Concerto em
Oroso-Espanha nas comemorações do ois Oroso Arte 2015.
A convite da Presidente da Câmara Municipal de Góis Dra. Lurdes Castanheira e
integrado nas Comemorações do Góis Oroso Arte 2015, a Filarmónica Varzeense
esteve, nos dias 11 e 12 de Setembro em Oroso-Espanha.
A Filarmónica Varzeense foi muito
acarinhada por todos os presentes, e no final foi renovado o convite para estar
presente no próximo ano 2016.
113º Aniversário da Filvar
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Na data em que a
Filarmónica Varzeense comemorou o seu 113.º aniversário, o município de Góis
reconheceu, a título póstumo, o maestro Nelo Paiva e presenteou a filarmónica
aniversariante com um cheque no valor de cinco mil euros.
Os festejos, que decorreram no dia 26 de julho,
iniciaram com Missa Solene, presidida pelo Pe. Carlos Cardoso, na igreja Matriz
de Vila Nova do Ceira, acompanhada ao som da Filarmónica aniversariante e
seguida de procissão, em honra de Santa Cecília-padroeira da música.
Sob uma manhã de sol radiante, diretores, convidados
e amigos da colectividade acompanharam a Filarmónica numa romagem ao cemitério,
onde foi depositado um arranjo de flores, em memória dos dirigentes, maestros,
executantes, sócios e amigos da Filvar já falecidos.
O habitual almoço convívio, que decorreu na sede da
FILVAR, este ano superou todas as expectativas, porque além de ter reunido
dirigentes, executantes e amigos da centenária Filarmónica, trouxe ainda os
muitos amigos do saudoso maestro Nelo Paiva, tornando o espaço pequeno para
acolher todos os que se quiseram associar a este inesquecível momento.
A deliciosa ementa foi confecionada e servida pelos
voluntários que se predispuseram a ajudar e, no final do repasto, o Maestro
Nuno Alves convidou os presentes a associarem-se ao momento das intervenções,
que visou homenagear o Maestro Manuel Silvestre Santos de Paiva e felicitar a
filarmónica aniversariante.
A iniciar as intervenções, o Presidente da Filvar,
João Bruno, começou por agradecer a presença de todos e formulou votos de longa
vida para a Filvar. Enalteceu o “gesto gratificante da Câmara Municipal” em
homenagear o saudoso Maestro Nelo Paiva, lembrando que a Filvar também já o
houvera homenageado em janeiro de 2014. Embora não o conhecesse bem, o presidente
da direção admitiu que “por aquilo que deixou, o trabalho que realizou na
Filvar e pelas amizades que criou, Nelo Paiva foi de certeza uma pessoa
extraordinária”. João Bruno deixou ainda uma palavra de apoio à família do
homenageado, que, conforme terminou: “fez e continua a fazer parte desta grande
família que é a Filarmónica Varzeense”.
António Carvalho, presidente da Junta de Freguesia de
Vila Nova do Ceira, de lágrimas nos olhos, também proferiu palavras de elogio
ao seu grande amigo Nelo Paiva, não só pelo trabalho desenvolvido, mas também
pela sua personalidade e amor a Vila Nova do Ceira.
A emoção continuou cravada no rosto do interveniente
seguinte. José Rodrigues, em representação da Assembleia Municipal de Góis,
teceu palavras de reconhecimento ao seu amigo Nelo Paiva, recordando episódios
como o momento em que Nelo compunha a música para a letra que ele elaborava
para a Marcha Popular. José Rodrigues elogiou ainda a atual direção da Filvar e
o atual maestro Nuno Alves, que “dignamente tem acompanhado a FILVAR”,
desenvolvendo um “trabalho de excelência”.
A nobre missão de apresentar o homenageado coube a
António Penicheiro, seu grande amigo e fiel companheiro em muitas horas de
música.
Recorde-se deste discurso que:
Nelo Paiva nasceu em Miranda do Corvo, a 27 de
novembro de 1957, tendo falecido em 2013, aos 55 anos. Exerceu as funções de
Maestro e de Professor de Música na Filarmónica Varzeense, com elevada
qualidade musical, profundo empenho e profissionalismo ao longo de 23 anos. A
sua grande paixão sempre foi a música. Aos 25 anos já assumiu a regência da
Filarmónica Mirandense. Dedicou-se ao associativismo e voluntariado. No
concelho de Góis, mas sobretudo em Vila Nova do Ceira este Homem e Músico
deixou uma marca inesquecível. Sempre presente nos momentos importantes da
Filvar, desde os ensaios, as atuações em festas ou em concertos, passando pela
organização e pela sua participação em caminhadas, em jogos de futebol de
salão, até ao Cantar das Janeiras e sem esquecer os eventos comemorativos como
o tradicional almoço anual da festa da Filvar, jantar de Natal ou outras
ocasiões de angariação de fundos. Por tudo isto e por muito mais, o maestro
Nelo Paiva foi sempre mais longe do que era exigido a um maestro. Homem
empenhado e preocupado com a qualidade musical da Filvar, conseguiu elevá-la ao
nível mais elevado que a Filvar já conheceu. Era conhecida a forma cordial e
amiga com que tratava todos os músicos, tornou-se por isso um excelente exemplo
que deve ser conhecido e imitado por todos. Sabemos que depois de Miranda do
Corvo, a sua terra natal, era Vila Nova do Ceira a localidade que ele mais
cuidava. Os varzeenses faziam parte da sua família e a Filvar era a joia
querida da sua vida.
A terminar a sua intervenção, António Penicheiro
recordou ainda o contributo de Nelo Paiva para os primeiros concertos comuns
entre as duas filarmónicas do concelho de Góis.
Chegou então o mais emocionante momento do dia. A
família de Manuel Silvestre Santos de Paiva recebeu a Medalha de Mérito do
Concelho de Góis, das mãos da presidente da Câmara Municipal de Góis,
acompanhada de respetivo certificado comprovativo e de um ramo de flores.
Lembre-se que, esta distinção foi aprovada na reunião
do executivo camarário de 12 de novembro de 2013, depois de proposta da
Presidente da Câmara, reconhecendo ser “uma forma de homenagear Nelo Paiva que
exerceu as funções de Maestro e de Professor de Música na Filarmónica
Varzeense, com elevada qualidade musical, profundo empenho e grande
disponibilidade ao longo de 23 anos”. Conforme consta em ata: “a profunda
dedicação à causa da música, a manutenção e assinalável qualidade musical da
Filarmónica Varzeense constituem assim, imperativos de justiça para que se
reconheça e valorize publicamente o papel e ação de Nelo Paiva na história do
concelho goiense...”
Após leitura da citada ata, a difícil missão de
agradecimento coube ao filho mais velho do homenageado, Bruno Paiva, que, muito
emocionado, agradeceu a homenagem, enaltecendo a Filvar por se encontrar de
novo a atravessar uma fase de expansão. Enalteceu igualmente o trabalho da
atual direção e, refletindo o que aprendeu com seu pai, terminou deixando uma
lição de vida: “temos muito o hábito de nos queixar por falta de tempo, eu
nunca ouvi o meu pai dizer que não tinha tempo...”
O momento de homenagem ao Homem e ao Músico,
integrado no 113º aniversário da Filvar, encerrou com palavras da presidente da
Câmara Municipal de Góis, Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira que felicitou a
filarmónica aniversariante e enalteceu o trabalho da atual direção, bem como o
empenho do maestro Nuno Alves. A autarca deixou igualmente uma palavra de
elogio e incentivo aos executantes e alunos da escola de música e recordou os
que passaram pela Filvar ao longo de mais de um século, bem como os últimos dirigentes-
Sr. Amorim e Sr. Jaime.
Relativamente ao homenageado, admitiu não ser uma
homenagem de circunstância, porque, conforme acrescentou: “em política também
existem sentimentos”, e na qualidade de amiga de Nelo Paiva, reconheceu que,
pelo que fez e por quem foi, ficará sempre na memória dos varzeenses.
A encerrar com chave de ourou, a presidente da Câmara
Municipal presenteou a filarmónica aniversariante com um cheque, no valor de
cinco mil euros, desejando os melhores sucessos para a centenária filarmónica.
Com o Adro da Igreja cheio, numa tarde que,
nitidamente, foi do agrado de todos, foi possível ouvir o Grupo de fados
António Penicheiro e Henriqueta Vale do Rio, a Filarmónica da AERGóis, a
Filarmónica Varzeense, os alunos da Escola de Música da Filvar, e, para
finalizar, um inesquecível concerto conjunto com as duas filarmónicas do
concelho.
Mas, com as surpresas a multiplicaram-se em
catapulta, durante a tarde, houve ainda tempo para troca de lembranças entre as
Filarmónicas e a Câmara Municipal. Todos os músicos e maestro da Filarmónica
anfitriã receberam, da direção da Filvar, um quadro alusivo à Filarmónica, com
a fotografia de cada um, de forma a perpetuar o momento, com principal destaque
para os cinco músicos mais antigos da Filvar: António Martins, José Carvalho,
António Alves, António Nelson, e Cajó.
No intervalo do Mega concerto houve ainda tempo para
a presidente da Câmara e os presidentes da direção da Filvar e da AERG,
respetivamente João Bruno e Rui Sampaio, tecerem palavras de incentivo e
desejarem um futuro promissor às Filarmónicas.
João Bruno aproveitou ainda o momento para agradecer
a todas as pessoas e instituições que colaboraram para a realização deste
evento, bem como, aos que recentemente colaboraram na aquisição de instrumentos.
Enalteceu o trabalho do maestro Nuno Alves e dos professores da escola de
música e destacou o empenho dos alunos e executantes.
Durante a tarde foi ainda feito o sorteio das rifas
vendidas pela Filvar, cabendo o primeiro lugar ao número 399, o segundo lugar
ao 934 e o terceiro prémio à rifa com o número 698.
O Jornal O Varzeense, que também se associou à cerimónia, aproveita para felicitar a Filarmónica Varzeense pelo seu 113º aniversário e deixa uma palavra de coragem aos familiares do saudoso Maestro Nelo Paiva-inesquecível amigo que foi deste jornal.
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